data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Eduardo Ramos (Diário)
O atendimento aos pacientes para a coleta do material se dá em cadeiras odontológicas como esta.
A Universidade Franciscana (UFN) fechou uma parceria com a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) e a R-Crio Células-Tronco para a coleta de células-tronco e o envio do material para armazenamento a longo prazo em São Paulo. A expectativa é que o serviço comece a funcionar ainda no primeiro semestre deste ano. O serviço é destinado para aqueles que desejam guardar células-tronco por longos períodos de tempo a fim de serem utilizadas em caso de necessidade.
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Serão coletadas as chamadas células-tronco mesenquimais, que tem como uma das principais características serem mais maduras em comparação com as conhecidas células-tronco embrionárias. Ela são obtidas a partir de dentes de leite, terceiro molar e do céu da boca. Depois disso, o material é colocado em uma unidade de armazenamento refrigerado - não muito diferente da usada para transporte de órgãos - e levada para São Paulo, onde será processado e separado para armazenamento a longo prazo.
A ideia é que o material seja utilizado para pesquisas em medicina restaurativa, que atua na recuperação de tecidos e órgãos lesados. As células-tronco também possuem alto potencial anti-inflamatório.
Além do curso de Odontologia, estão envolvidos os mestrados em Saúde Materno Infantil e em Ciências da Saúde e da Vida. A coordenadora da Odontologia da UFN, Patrícia Pasquali Dotto, o início do processo de formação da equipe.
- Quando nós determinamos as equipes, iniciamos a seleção dos professores e dos profissionais que fariam a pesquisa e também estariam relacionados diretamente à coleta. Nesse momento então, definindo as equipes, nós vamos agora iniciar a capacitação desses docentes com a equipe da R-Crio e essa capacitação vai se iniciar agora no primeiro semestre letivo de 2022 - disse a professora.
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Ela também explicou que alguns detalhes a respeito da oferta do serviço ainda serão definidos. Uma das incógnitas é a forma de contrato, pois em alguns casos o material coletado fica armazenado em sua totalidade, enquanto em outros é necessário que uma parte dele seja direcionado à pesquisa. Porém, ressaltou Patrícia, é possível que sejam oferecidos os dois modelos.
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UTILIZAÇÃO
Tratamentos que fazem uso das células-tronco, em especial quando relacionados a questão bucal, ainda estão em fase experimental. O material é justamente uma forma de avançar as pesquisas desse campo. É que o explica a professora do curso de Odontologia da UFN, Letícia Westphalen Bento, que realizou as suas pesquisas de mestrado e doutorado na área.
- A utilização dessas células-tronco ainda estão em fase de pesquisa, então existe um potencial muito grande dessa utilização. Porém, ainda, existe carência de resultados, de evidências científicas, que possam fazer com que a gente use, com segurança, essas terapias no futuro - comentou Letícia.
A UFN é a única universidade no interior do estado que realiza a coleta desse material por meio de uma parceria com uma empresa privada.